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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Capítulo 5: Uma Interpretação Dos Dados

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Mais tarde, quando se acalmou, Elena Morales decidiu não revelar o ataque dos lagartos. Apesar da cena horrível que presenciara, começou a temer que a criticassem por ter deixado o neném sozinho. Disse à mãe que o bebê morrera sufocado e registrou a morte nos formulários enviados a San José como SIMS — Síndrome Infantil da Morte Súbita. Tratava-se de uma síndrome de morte inexplicável em crianças recém-nascidas. Nada de especial. O relatório passou despercebido.
O laboratório da universidade de San José analisou a amostra de saliva retirada do braço de Tina Bowman, descobrindo uma série de fatos notáveis. Havia, como se esperava, um índice alto de serotonina. Mas entre as proteínas salivares foi identificada uma verdadeira monstruosidade: com massa molecular de um milhão e novecentos e oitenta mil, tratava-se de uma das maiores proteínas conhecidas. A atividade biológica ainda estava sendo estudada, mas aparentemente a proteína era um veneno neurotóxico similar ao veneno de cobra, embora mais primitivo em sua estrutura.
O laboratório também detectou quantidades ínfimas de hidrolase gama-amino metionina. Como esta enzima caracterizava experimentos de engenharia genética, não sendo encontrada em animais silvestres, os técnicos presumiram que se tratava de contaminação ocorrida no laboratório, e não se referiram a ela quando contataram o dr. Cruz, o médico de Puntarenas responsável pela remessa.
O fragmento de lagarto permaneceu no freezer da Universidade Colúmbia, esperando pela volta do dr. Simpson, o que ainda demoraria um mês. E as coisas teriam continuado neste pé, se uma técnica chamada Alice Levin não tivesse visto o desenho feito por Tina Bowman ao entrar no laboratório e perguntado:
—  Ah, quem desenhou este dinossauro?
—  O quê? — indagou Richard Stone, virando-se lentamente.
—  O dinossauro. Quem desenhou? Meu filho faz isso o tempo inteiro.
—  Isso é um lagarto — Stone disse. — Da Costa Rica. Uma menina de lá o desenhou.
—  Não. — Alice abanou a cabeça. — Olhe direito. Está claro. Cabeça grande, pescoço comprido, em pé nas patas traseiras, cauda grossa. É um dinossauro.
—  Não poderia ser. Tem só trinta centímetros.
—  E daí? Havia dinossauros pequenos também — Alice insistiu. — Acredite em mim, eu conheço. Tenho dois filhos, sou especialista nisso. Os menores dinossauros não chegavam a trinta centímetros. Tenissauros ou algo assim. Sei lá. Os nomes são impossíveis. Ninguém consegue guardar tais nomes depois dos dez anos.
—  Acho que não está entendendo — insistiu o dr. Stone. — Trata-se de um animal contemporâneo. O desenho chegou junto com um fragmento do espécime. Está no freezer agora. — Stone foi buscá-lo e despejou o conteúdo do saco sobre a mesa.
Alice Levin olhou o pedaço de perna e cauda congeladas e deu de ombros. Não o tocou.
—  Sei lá, para mim parece ser de um dinossauro. Stone balançou a cabeça.
—  Impossível.
—  Por quê? — Alice Levin perguntou. — Pode ser um remanescente, um sobrevivente, como dizem.
Stone continuou abanando a cabeça. Alice estava mal informada; não passava de uma técnica com excesso de imaginação que trabalhava no laboratório de bacteriologia, no final do corredor. Stone lembrou-se da época em que ela afirmara estar sendo seguida por um dos serventes...
—  Sabe — Alice prosseguiu —, se isso for mesmo um dinossauro, Richard, temos uma grande descoberta nas mãos.
—  Não é um dinossauro.
—  Alguém já verificou isso?
—  Não — Stone admitiu.
—  Bem, então levem a amostra ao museu de História Natural, por exemplo. É o que deveriam fazer.
—  Seria constrangedor.
—  Quer que eu o leve?
—  Não — respondeu Richard Stone. — Não quero.
—  Mas não vai fazer nada?
—  Nada mesmo. — Ele devolveu o saco ao freezer, batendo a porta. — Não se trata de um dinossauro e sim de um lagarto. E seja lá o que for, pode esperar pela volta do dr. Simpson de Bornéu! Ele vai identificá-lo. Chega deste assunto, Alice. O lagarto não será levado a lugar nenhum.

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