Um estudo publicado no jornal Paleontology indica que o Azendohsaurus, um animal que viveu há cerca de 230 milhões de anos, não era um dinossauro, ao contrário do que se pensava, mas pertencia a um outro ramo evolucionário dos répteis. Segundo a pesquisa, feita pelo Museu Americano de História Natural e pela Universidade da Califórnia, o animal pertencia ao Archosauromorpha, grupo que inclui aves e crocodilianos, mas não lagartos, cobras e tartarugas. As informações são do Discovery News.
"Apesar de sua extraordinária semelhança com dinossauros herbívoros em vários aspectos do crânio e da dentição, ele é na verdade apenas distantemente relacionado com os dinossauros", diz John J. Flynn, curador da divisão de Paleontologia do museu. "Com um material mais completo, nós reavaliamos aspectos como a mandíbula virada para baixo e os dentes em forma de folha encontrados no A. madagaskarensis (uma espécie de Azendohsaurus) como convergentes com alguns dinossauros herbívoros", diz.
Essa espécie foi definida como dinossauro há cerca de uma década na revista Science, mas achados de fósseis mais completos indicam que o animal não pertencia ao grupo. O Azendohsaurus, segundo o Museu de História Natural dos Estados Unidos, tinha cerca de 1,8 m de comprimento e sua altura mal alcançaria a cintura de um ser humano.
Os cientistas afirmam ainda que está sendo repensada a teoria de que os arcossauros eram, na sua maioria, carnívoros. "Agora temos muitos casos de arcossauros herbívoros", diz André Wyss, professor da Universidade da Califórnia. "Assim é que a ciência funciona. (...) Assim que encontramos e analisamos mais materiais, nós percebemos que era um animal muito mais primitivo que os dinossauros", diz Wyss. "De certa forma, o Azendohsaurus acabou sendo um animal muito mais fantástico do que se fosse simplesmente um representante genérico dos primeiros dinossauros", afirma.
Fonte:
- Terra
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