Imagem divulgada pela Universidade de Queensland em julho mostra fósseis encontrados em Cairns, Austrália. Foto: AFP/The University of Queensland/Douglas Irvin |
Ossos fossilizados descobertos por um paleontólogo britânico na Tanzânia colonial durante os anos 1930 podem pertencer ao dinossauro mais velho do mundo, informaram os pesquisadores.
Esses ossos, só agora estudados, seriam de uma criatura chamada Nyasasaurus parringtoni, que teria habitado a Terra 10 milhões de anos antes dos dinossauros mais antigos conhecidos até o momento.
"Se o Nyasasaurus parringtoni não é o dinossauro mais velho, então é o parente mais próximo encontrado até agora", declarou o biólogo Sterling Nesbitt, da Universidade de Washington, principal autor do estudo publicado na revista Biology Letters, da Royal Society britânica.
"Esta criatura tinha o tamanho de um labrador, mas com uma cauda de 5 pés de comprimento (1,50 m)", descreveu a Universidade de Washington em um comunicado.
Ela teria habitado o nosso planeta cerca de 10 milhões de anos antes dos pequenos e rápidos Eoraptor e Herrerassauros, os mais antigos dinossauros conhecidos que viveram no final do Triássico (entre 230 e 225 milhões anos a.C).
A linhagem de dinossauros seria então de 10 a 15 milhões de anos mais velha do que os fósseis mostraram até agora.
"Há 150 anos, pensava-se que poderia ter existido dinossauros no Triássico Médio, mas todas as evidências permaneciam ambíguas", disse Sterling Nesbitt.
Sua equipe analisou os fósseis coletados no início dos anos trinta, na Tanzânia, por uma expedição liderada pelo paleontólogo Rex Parrington. Foram seis vértebras e um úmero, preservados no Museu de História Natural de Londres.
Eles determinaram que o animal em pé media de 2 a 3 metros de comprimento, com uma altura de 1 m na bacia, e pesava entre 20 e 60 kg.
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