Rastros formam a maior e mais bem preservada coleção do Hemisfério Sul
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, descobriu pegadas de mais de vinte dinossauros polares na costa do estado australiano de Vitória. A descoberta pode ajudar a entender como era a vida em um momento em que o planeta passava por um aquecimento acentuado, há aproximadamente 100 milhões de anos, durante o período Cretáceo (compreendido entre 145 e 65 milhões de anos atrás), quando a Austrália era ligada à Antártica. O estudo foi publicado no periódico científico australiano Alcheringa, especializado em paleontologia.
É a maior coleção de pegadas já encontrada no Hemisfério Sul e, de acordo com especialistas, uma das mais bem preservadas. Uma das pedras, com quinze marcas, guarda três pegadas consecutivas feitas pelo menor dos dinossauros, cujo tamanho deveria ser similar ao de um frango. Em outra, foram encontradas oito pegadas que variam de tamanho.
Como era a região — Naquela época, os dinossauros se deslocavam em uma prolongada escuridão polar. A temperatura global na época era de 20 graus Celsius, cerca de cinco graus mais alta que a atual, o suficiente para o degelo de alguns vales durante o verão, permitindo a passagem de animais e o registro de suas impressões na superfície. A costa de Vitória marca o local em que Austrália e Antártica se separaram há 40 milhões de anos.
Fonte:
- Veja
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