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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Retrospectiva 2010
Neste ano muitos acontecimentos ocorreram no mundo Paleontológico, abaixo você verá a notícia mais relevante de cada mês, confira!
- Janeiro - Descoberta cores de penas de um dinossauros
- Fevereiro - Parte do meteorito que atingiu a Terra no Cretáceo é descoberto
- Março - Estudo comprova ainda mais que um meteorito extinguiu os dinossauros
- Abril - Aniversário de um 1 ano do Blog Dino World
- Maio - Estudo diz que Ardi, de 4,4 milhões de anos, não era ancestral do homem
- Junho - Espécie de 76 milhões de anos ainda sobrevive
- Julho - Saurópodes do Cretáceo faziam ninhos em ambientes hidrotermais
- Agosto - Maior anfíbio do Mundo encontrado até hoje é do Brasil
- Setembro - Ave gigante descoberta na América do Sul
- Outubro - Fósseis de primeiras plantas terrestres foram descobertas na Argentina
- Novembro - O Twitter do Blog Dino World foi criado
- Dezembro - Provavel antepassaddo Triceratops é descoberto
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Velociraptor
Dados do animal
Nome científico: Velociraptor Mongolienses
Comprimento: 2 metros
Altura: até 1, 50 metro
Onde foi encontrado: Mongólia
Quando viveu: Cretáceo
O velociraptor foi descoberto no deserto de Góbi em 1923. Em 1970 que a principal descoberta ocorreu, um velociraptor em posição de luta com um protoceratops foi encontrado, as duas teorias de eles terem morrido juntos foi a que eles se mataram na luta ou que uma tempestade de areia, que era comum no deserto.
Velociraptor lutando contra um Protoceratops, descoberta em 1970. |
Ele viveu de noventa a setenta milhões de anos atrás, no período Cretáceo. Velociraptor significa "ladrão veloz", ele era um dinossauro rápido, leve e feroz, além disso possuia um cérebro desenvolvido e uma terrível garra nas patas traseiras. Por isso é considerado um dos mais temíveis predadores.
Existem duas espécies de Velociraptores:
- Velociraptor Mongolienses
- Velociraptor Osmolskae
Ele era menor do que os seus parêntes Dromaeossaurídeos, possuia as mesmas características:
- Garra em forma de "meia lua";
- Cauda alongada e rígida;
- Corpo leve e veloz
- Penas.
As diferenças dele com os outros Dromaeossaurídeos era o tamanho, já dito, fazendo com que ele pesa-se até 35 quilos. O seu crânio também diferenciava-se um pouco, ele era um pouco mais "arrebitado" na frente com a ponta superior alta e inferior também se elevando.
DINOSSAUROS ÁGIL
DINOSSAUROS ÁGIL
O velociraptor foi um dos predadores mais ágeis. Como já dito neste texto, o seu corpo era leve e relativamente pequeno, com pernas e braços fortes e com uma cauda comprida e rígida ele poderia alcançar altas velocidades. Estudos do sobre o velociraptor encontrado em Gobi revelam que ele havia ossos que ajudavam ainda mais a inrigecê-la e funcionar ainda mais como contrapeso.
ÓTIMO PREDADOR
Além de sua ótima agilidade, o velociraptor possuía muitas armas de caça.
* Mandíbula: Comprida e equipada com dentes afiados;
* Braços: Compridos e fortes. "Mãos" com três grandes dígitos e equipados com garras enormes e afiadas;
* Pernas: Compridas e fortes ajudando a deixar o animal ainda mais rápido. Na sua pata ele possuía dois dedos com garras normais e em um a sua principal característica: Garra grande e curva.
Muitos dizem que a sua "garra terrível" de 6 centímetros tinha a parte inferior afiada e agúda que usava para rasgra a presa. Um estudo feito pelo o programa da BBC Batalha dos Dinossauros indica que a parte inferior da garra era curva e não era afiada do jeito que se imagina, e era utilizada para furar e rasgar com menos facilidade do que se pensava.
PENAS
A presença de penas no velociraptor sempre foi muito provavel, mas em 2007 uma pesquisa indicou ainda mais isso. Nos ossos foram encontrados calombos em que provavelmente saiam as penas daquele local, os "nós de penas" eram separados de uma distância de 4 milímetros, a pesquisa feita por Alan Turner do Museu de História Natural. As penas são uma estrutura que muito raramente é conservada, mas não é porque não se acha que quer dizer que o animal naõ havia. Além do caso dos estudos evolutivos, as penas também j´tinham utilidades, dizem cientístas: Ajuda em manobras em altas velocidades, no controle de temperatura e até em exibições em épocas de acasalamento. O microraptor o seu parênte menor podia até planar entre árvores, mas o velociraptor não. Não são todos os paleoartistas que retratam ele com penas, observe as imagens desta postagem.
ALIMENTAÇÃO
O velociraptor era carnívoro, ele poderia caçar solitário ou em bandos. Achados indicam que a sua presa mais comum foi o Ceratopsídeo Protoceratops, em sua época ele era um dos principais predadores.
CULTURA POPULAR
O velociraptor como todos sabem é um dos dinossauros mais famosos atualmente, mas em nem todos os lugares em que ele aparece, está correto. No filme Jurassic Park ele aparece de tamanho exagerado, assim como no jogo Dino Crisis. Ele também aparece no filme Em Busca pelo Vale Encantado, no documentário da BBC Walking of The Dinosaurs e no Dino Planet.
VEJA O VÍDEO ABAIXO (CENAS DOS FILMES JURASSIC PARK):
Fontes:
- Wikipédia
- How Stuf Works
- Earth Scienses
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Cegonha de 20 mil anos descoberta
Viveu há entre 20 mil a 50 mil anos na ilha das Flores, o mesmo local na Indonésia onde viveram os Homo florensiensis, mais conhecidos como hobits, uma vez que a sua baixa estatura faz lembrar as criaturas retratadas na saga “O Senhor dos Anéis”. Os fósseis pertencentes a um pássaro gigante e já extinto, de quase dois metros de altura e cerca de 16 quilos de peso, acabam de ser descobertos nas grutas de Liang Bua naquela ilha indonésia, noticia El Mundo.
Embora não haja provas que o confirmem, os investigadores não excluem a hipótese de os hobits terem feito parte da dieta desta cegonha gigante, semelhante à grande cegonha africana, segundo um estudo publicado no Zoological Journal of the Linnean Society. Os exemplares desta espécie, denominada Leptoptilos robustus, eram mais altos e mais robustos do que as cegonhas actuais. É a primeira vez que se encontram fósseis de uma ave com estas caracteristicas na ilha das Flores.
Hanneke Meijer, do Museu Nacional de História Natural de Leiden (Holanda), e Rokus Due, do Centro Nacional de Arqueologia de Jacarta (Indonésia), encontraram restos fossilizados de quatro ossos que acreditam pertencer ao mesmo indivíduo. Tratava-se, seguramente, de um animal terrestre, uma vez que o seu tamanho e robustez sugerem que não voava.
Os investigadores sustentam que muitas das espécies que viviam apenas em ilhas – como os elefantes e os ratos gigantes – evoluiram e alteraram o seu tamanho, para maior ou mais pequeno, um fenómeno conhecido como “efeito ilha”. Como sublinham os autores desta investigação, este fenómeno tem sido muito menos estudado nas aves do que nos mamíferos.
Os cientistas acreditam que a Leptoptilos robustus se extinguiu no final do Pleistoceno. Embora esta seja uma região muito rica em biodiversidade, têm sido encontrados muito poucos fósseis de aves.
Fonte:
- Jornal de Notícias - Os Bichos
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Provável antepassado do Triceratops é encontrado na Coreia do Sul
O fóssil de um novo tipo de dinossauro pequeno, com pequenos chifres, foi encontrado na Coreia do Sul. É o primeiro desse tipo na área, onde tais descobertas são raras, segundo cientistas. O animal foi batizado com o nome latino de Koreaceratops hwaseongensis.
O achado está ajudando pesquisadores a resolver o mistério de como dinossauros com chifres evoluíram de pequenas criaturas da Ásia para grandes dinossauros, como os Triceratops, que andavam pela América do Norte.
"Fósseis de dinossauros não têm sido facilmente encontrados nessa região, embora evidências de ovos e pegadas de dinossauros ocorram mais frequentemente", disse Michael Ryan, curador e diretor de paleontologia de vertebrados no Museu de História Natural de Cleveland e coautor da pesquisa. Segundo ele, a espécie é significativa porque preenche um intervalo de 20 milhões de anos entre a origem desses dinossauros na Ásia e sua primeira aparição na América do Norte.
Cientistas da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e do Japão acreditam que o animal tenha vivido há cerca de 103 milhões de anos atrás. O Koreaceratops tinha cerca de 1,67 m de altura e pesava entre 27 kg e 45 kg. A espécie era bem menor do que o gigante Triceratops, que perambulava pela América do Norte e pesava 5,9 toneladas.
A criatura tinha um bico similar ao de um papagaio em uma mandíbula com muitos dentes. O animal também possuía uma cauda longa que pode tê-lo ajudado a nadar. "Eles podem ter usado a cauda também para reconhecimento de espécies ou seleção sexual", acrescentou Ryan.
Segundo Ryan, os animais chegaram da América do Norte à Ásia através de uma longa e lenta caminhada.
Fonte:
- Diário de Marília
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Wallpaper de Natal! 2010
Olá pessoal, fiz um Wallpaper de Natal do Blog Dino World!
Este é um presente do Blog para os leitores!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Capítulo 3: A Praia
Martin Guitierrez sentou-se na areia e observou o sol que se punha, refletindo seus raios na água da baía e tingindo de dourado a copa das palmeiras. Depois, pensativo, voltou o olhar para o man-guezal, na praia de Cabo Blanco. Encontrava-se bem perto do local onde a menina americana fora mordida, há dois dias.
Embora fosse verdade o que contara aos Bowman sobre mordidas de lagartos, Guitierrez nunca ouvira falar de alguém que tivesse sido atacado por um lagarto basilisco. E seguramente jamais soubera de um caso de hospitalização. Além disso, a marca deixada no braço de Tina parecia ser um pouco grande demais para um basilisco. Ao voltar para a estação de pesquisa em Carara, consultara a pequena biblioteca existente ali, mas não encontrara referências a mordidas de basilisco. Checara em seguida o International BioSciences Service, um banco de dados computadorizado nos Estados Unidos. Também lá nada havia sobre mordidas de basilisco, nem internamentos por ataques de lagartos.
Em seguida tinha ligado para o médico responsável por Amaloya, que confirmara a história da criança atacada no berço. Um bebê de nove dias, quando dormia, fora mordido por um animal que a avó — a única pessoa que realmente o viu — afirmou ser um lagarto. Pouco depois o pé do recém-nascido inchou, e ele quase morreu. A avó descreveu o lagarto, que seria verde, com listras marrons. Mordera a criança várias vezes, antes que a mãe o afugentasse.
— Muito estranho — Guitierrez falou.
— Nada disso, foi igual aos outros casos — retrucou o médico, contando vários incidentes similares. Uma criança em Vásquez, a vila seguinte na costa, fora mordida enquanto dormia. E outra em Puerta Sotrero. Todos os casos aconteceram nos últimos dois meses. E todos envolviam bebês e crianças pequenas que dormiam.
Um padrão tão novo e inusitado levara Guitierrez a suspeitar da presença de uma espécie de lagarto até então desconhecida. Tal fato não o surpreenderia, na Costa Rica. Com apenas cento e vinte quilômetros de largura em seu ponto mais estreito, o país era menor do quaj o Estado do Maine. Contudo, dentro daquele espaço limitado, abrigava uma notável plêiade de habitats biológicos: costas, tanto do lado Atlântico quanto Pacífico; quatro cadeias montanhosas distintas, incluindo picos de quatro mil metros de altura e vulcões ativos; florestas tropicais, florestas cobertas por nuvens, zonas temperadas, pântanos e desertos áridos. Tal variedade ecológica permitia uma diversidade espantosa de espécies animais e vegetais. A Costa Rica tinha três vezes mais espécies de pássaros do que toda a América do Norte. Mais de mil espécies de orquídeas. Mais de cinco mil de insetos.
Novas espécies eram descobertas a todo momento, em um ritmo que aumentara nos anos recentes, por um triste motivo. A Costa Rica vinha sendo desmatada, e quando as espécies existentes na floresta perdiam seus habitats, mudavam-se para outros locais, alterando muitas vezes o comportamento.
Assim sendo, uma nova espécie era perfeitamente possível. Mas, junto com a excitação da descoberta, vinha a possibilidade preocupante de novas doenças. Os lagartos eram portadores de viroses, e várias delas poderiam ser transmitidas a seres humanos. A mais séria era a encefalite central sáuria, ou ECS, que provocava uma espécie de doença do sono em pessoas e cavalos. Considerava importante localizar esse novo lagarto, no mínimo para verificar as doenças que poderia transmitir.
Sentado na praia, acompanhando o pôr-do-sol, Guitierrez suspirou. Talvez Tina Bowman tivesse visto um novo animal, talvez não. Ele com certeza não o vira. No início da manhã apanhara a pistola de pressão, carregada com dardos de ligamina, e seguira para a praia cheio de esperanças. Mas o dia fora perdido. Logo precisaria pegar o carro e voltar. Não queria encarar aquela estrada no escuro.
Levantou-se e caminhou pela praia. Um pouco adiante, viu a silhueta escura de um macaco, movendo-se na beira do manguezal. Guitierrez afastou-se, aproximando-se do mar. Se havia um macaco ali, haveria outros nas árvores, e eles costumavam urinar nos intrometidos.
Mas aquele macaco parecia estar sozinho, e caminhava devagar, parando a todo momento, agachado. O macaco levava algo na boca. Conforme Guitierrez aproximou-se, percebeu que comia um lagarto. A cauda e as patas traseiras pendiam na boca do animal. Mesmo a distância, Guitierrez viu as listras marrons no corpo esverdeado.
Guitierrez abaixou-se e apontou a pistola. O macaco, acostumado a viver protegido na reserva, encarou-o curioso. Não fugiu, nem mesmo quando o primeiro dardo passou por ele sem acertá-lo. Quando o segundo cravou-se na coxa, o macaco gritou de raiva e surpresa, largando os restos de sua refeição ao fugir para a mata.
Guitierrez levantou-se e chegou mais perto. Não se preocupava com o macaco: a dose de tranqüilizante era pequena, só provocaria alguns minutos de tontura e mais nada. Já começava a pensar no que fazer com sua descoberta. Ele mesmo redigiria o relatório preliminar, mas os restos do animal teriam de ser enviados aos Estados Unidos, para uma identificação final positiva, claro. Para quem o mandaria? O especialista mais conhecido era Edward H. Simpson, professor emérito de zoologia na Universidade Colúmbia, em Nova York. Um senhor elegante, com cabelos brancos penteados para trás, Simpson era a maior autoridade mundial em taxonomia de lagartos. Provavelmente, Martin pensou, mandaria aquele exemplar para o dr. Simpson.
Embora fosse verdade o que contara aos Bowman sobre mordidas de lagartos, Guitierrez nunca ouvira falar de alguém que tivesse sido atacado por um lagarto basilisco. E seguramente jamais soubera de um caso de hospitalização. Além disso, a marca deixada no braço de Tina parecia ser um pouco grande demais para um basilisco. Ao voltar para a estação de pesquisa em Carara, consultara a pequena biblioteca existente ali, mas não encontrara referências a mordidas de basilisco. Checara em seguida o International BioSciences Service, um banco de dados computadorizado nos Estados Unidos. Também lá nada havia sobre mordidas de basilisco, nem internamentos por ataques de lagartos.
Em seguida tinha ligado para o médico responsável por Amaloya, que confirmara a história da criança atacada no berço. Um bebê de nove dias, quando dormia, fora mordido por um animal que a avó — a única pessoa que realmente o viu — afirmou ser um lagarto. Pouco depois o pé do recém-nascido inchou, e ele quase morreu. A avó descreveu o lagarto, que seria verde, com listras marrons. Mordera a criança várias vezes, antes que a mãe o afugentasse.
— Muito estranho — Guitierrez falou.
— Nada disso, foi igual aos outros casos — retrucou o médico, contando vários incidentes similares. Uma criança em Vásquez, a vila seguinte na costa, fora mordida enquanto dormia. E outra em Puerta Sotrero. Todos os casos aconteceram nos últimos dois meses. E todos envolviam bebês e crianças pequenas que dormiam.
Um padrão tão novo e inusitado levara Guitierrez a suspeitar da presença de uma espécie de lagarto até então desconhecida. Tal fato não o surpreenderia, na Costa Rica. Com apenas cento e vinte quilômetros de largura em seu ponto mais estreito, o país era menor do quaj o Estado do Maine. Contudo, dentro daquele espaço limitado, abrigava uma notável plêiade de habitats biológicos: costas, tanto do lado Atlântico quanto Pacífico; quatro cadeias montanhosas distintas, incluindo picos de quatro mil metros de altura e vulcões ativos; florestas tropicais, florestas cobertas por nuvens, zonas temperadas, pântanos e desertos áridos. Tal variedade ecológica permitia uma diversidade espantosa de espécies animais e vegetais. A Costa Rica tinha três vezes mais espécies de pássaros do que toda a América do Norte. Mais de mil espécies de orquídeas. Mais de cinco mil de insetos.
Novas espécies eram descobertas a todo momento, em um ritmo que aumentara nos anos recentes, por um triste motivo. A Costa Rica vinha sendo desmatada, e quando as espécies existentes na floresta perdiam seus habitats, mudavam-se para outros locais, alterando muitas vezes o comportamento.
Assim sendo, uma nova espécie era perfeitamente possível. Mas, junto com a excitação da descoberta, vinha a possibilidade preocupante de novas doenças. Os lagartos eram portadores de viroses, e várias delas poderiam ser transmitidas a seres humanos. A mais séria era a encefalite central sáuria, ou ECS, que provocava uma espécie de doença do sono em pessoas e cavalos. Considerava importante localizar esse novo lagarto, no mínimo para verificar as doenças que poderia transmitir.
Sentado na praia, acompanhando o pôr-do-sol, Guitierrez suspirou. Talvez Tina Bowman tivesse visto um novo animal, talvez não. Ele com certeza não o vira. No início da manhã apanhara a pistola de pressão, carregada com dardos de ligamina, e seguira para a praia cheio de esperanças. Mas o dia fora perdido. Logo precisaria pegar o carro e voltar. Não queria encarar aquela estrada no escuro.
Levantou-se e caminhou pela praia. Um pouco adiante, viu a silhueta escura de um macaco, movendo-se na beira do manguezal. Guitierrez afastou-se, aproximando-se do mar. Se havia um macaco ali, haveria outros nas árvores, e eles costumavam urinar nos intrometidos.
Mas aquele macaco parecia estar sozinho, e caminhava devagar, parando a todo momento, agachado. O macaco levava algo na boca. Conforme Guitierrez aproximou-se, percebeu que comia um lagarto. A cauda e as patas traseiras pendiam na boca do animal. Mesmo a distância, Guitierrez viu as listras marrons no corpo esverdeado.
Guitierrez abaixou-se e apontou a pistola. O macaco, acostumado a viver protegido na reserva, encarou-o curioso. Não fugiu, nem mesmo quando o primeiro dardo passou por ele sem acertá-lo. Quando o segundo cravou-se na coxa, o macaco gritou de raiva e surpresa, largando os restos de sua refeição ao fugir para a mata.
Guitierrez levantou-se e chegou mais perto. Não se preocupava com o macaco: a dose de tranqüilizante era pequena, só provocaria alguns minutos de tontura e mais nada. Já começava a pensar no que fazer com sua descoberta. Ele mesmo redigiria o relatório preliminar, mas os restos do animal teriam de ser enviados aos Estados Unidos, para uma identificação final positiva, claro. Para quem o mandaria? O especialista mais conhecido era Edward H. Simpson, professor emérito de zoologia na Universidade Colúmbia, em Nova York. Um senhor elegante, com cabelos brancos penteados para trás, Simpson era a maior autoridade mundial em taxonomia de lagartos. Provavelmente, Martin pensou, mandaria aquele exemplar para o dr. Simpson.